A cúpula da Asia‑Pacific Economic Cooperation (APEC) 2025, realizada em Gyeongju, destacou mudanças importantes no equilíbrio de poder da região Ásia‑Pacífico. O encontro reforçou o foco em “resiliência comercial e benefícios partilhados”, refletindo preocupações com atritos econômicos globais, protecionismo e volatilidade nas cadeias de abastecimento.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou planos de lançar uma moeda digital europeia, o “e‑euro”, até 2029, com testes programados para 2027, condicionados à aprovação das legislações necessárias até 2026. A iniciativa representa um passo estratégico da Europa para se adaptar às mudanças nos meios de pagamento e fortalecer sua posição na economia digital global.
A política britânica vive um momento de tensão e redefinição. Pesquisas recentes indicam que, embora a imigração seja vista por muitos como o principal problema nacional, poucos consideram o tema relevante em suas próprias comunidades. Paralelamente, a decisão do rei Charles III de retirar os títulos do ex-príncipe Andrew Mountbatten-Windsor reacendeu debates sobre moralidade pública, responsabilidade da monarquia e confiança nas instituições do Reino Unido.
Durante uma reunião em Viena, o Conselho da Europa fez um alerta sobre a crescente fragilidade das instituições democráticas no continente e defendeu a necessidade de renovar os alicerces da democracia europeia. O encontro enfatizou temas como educação cívica, proteção de direitos, inovação tecnológica e coesão social, apontando que apenas um compromisso renovado entre cidadãos e governos poderá garantir a estabilidade política e os valores democráticos diante dos desafios atuais.
A Belt and Road Initiative (BRI), programa global de infraestrutura da China lançado em 2013, evoluiu de um projeto de conectividade para uma estratégia de poder, ligando portos, ferrovias, redes digitais e expandindo a influência chinesa. A Europa enfrenta desafios significativos: vulnerabilidade econômica, divisão entre Estados‑membros, risco de dependência tecnológica e influência política externa.
Embora a União Europeia tenha criado iniciativas como o Global Gateway e mecanismos de screening de investimentos estrangeiros, ainda há lacunas em coordenação, agilidade e recursos em comparação com a China. A BRI ameaça a autonomia europeia em setores estratégicos e pode enfraquecer a coesão interna do bloco.
As forças russas intensificaram os ataques à infraestrutura energética da Ucrânia, atingindo subestações, linhas de transmissão e usinas, com impacto direto na eletricidade, aquecimento e abastecimento durante o inverno. O governo ucraniano qualificou esses ataques como “terrorismo nuclear”, já que algumas instalações vitais para a operação segura de centrais nucleares foram comprometidas. A ofensiva tem objetivos militares — degradar a capacidade de resistência ucraniana — e humanitários — pressionar a população com cortes de energia. A situação preocupa a comunidade internacional, incluindo a IAEA e o G7, que alertam para riscos à segurança nuclear e à estabilidade europeia, além de considerar possíveis implicações legais por crimes de guerra.
A Guiana atravessa um momento delicado após a prisão do líder da oposição, multimilionário Azruddin Mohamed, em resposta a um pedido de extradição dos Estados […]
A tensão entre Estados Unidos e Venezuela se intensificou com o aumento da presença militar e aérea de Washington nas proximidades do país sul-americano. A administração de Donald Trump justifica a ação como combate ao narcotráfico e à influência estrangeira hostil, mas analistas veem semelhanças com intervenções da Guerra Fria. Nicolás Maduro reagiu classificando a movimentação como uma ameaça à soberania venezuelana e intensificou exercícios militares com apoio de aliados estratégicos como Rússia e Irã. A escalada preocupa países vizinhos, organizações internacionais e destaca a Venezuela como ponto estratégico na disputa de influência hemisférica, sem sinais de intervenção direta, mas com risco de agravamento da crise regional.
Uma pesquisa recente revelou que 49% da população sul‑africana prefere um regime militar à democracia, um aumento significativo em relação aos 28% registrados há três anos. Entre os fatores que alimentam essa insatisfação estão desemprego elevado, criminalidade crescente, falhas de infraestrutura e corrupção generalizada.
Nos últimos dias, duas crises graves abalaram a África: no Sudão, a ofensiva da milícia paramilitar Rapid Support Forces (RSF) em El Fasher, na região de Darfur, provocou mortes de civis, violações de direitos humanos e um colapso humanitário, com milhares de pessoas em situação de risco extremo. Na Tanzânia, manifestações pós-eleitorais se tornaram violentas, com dezenas a centenas de mortos, bloqueio da internet e repressão estatal intensa, levantando sérias preocupações sobre a consolidação da democracia e a liberdade política no país.
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