A aliança entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, formalizada pelo Tratado de Defesa Mútua em 1953, continua a ser um pilar da segurança na região do Indo-Pacífico. No entanto, em 2025, essa parceria enfrenta novos desafios e oportunidades, refletindo as dinâmicas geopolíticas e econômicas atuais.
Desafios Militares para os EUA
Em maio de 2025, surgiram notícias sobre planos da administração americana para reduzir o número de tropas terrestres na Coreia do Sul, com a remoção inicial de uma brigada rotacional. Embora o Pentágono tenha negado esses relatos, especialistas sugerem que a redução pode ser uma estratégia para minimizar riscos e maximizar recompensas na região.
Além disso, a presença militar dos EUA na Coreia do Sul continua a ser um ponto sensível. Em setembro de 2025, uma pesquisa revelou que 63% dos sul-coreanos acreditam que a presença militar americana serve à segurança nacional dos EUA, e cerca de 60% apoiam a manutenção ou aumento dos níveis atuais de tropas.
O Papel da Indústria de Semicondutores
A Coreia do Sul é líder global na produção de semicondutores. Em 2024, o país alcançou um recorde de exportações de semicondutores, totalizando US$ 15 bilhões em agosto, representando um aumento de quase um terço em relação a 2023.
Em resposta às crescentes tensões comerciais, especialmente com os EUA, o governo sul-coreano anunciou um pacote de apoio de 33 trilhões de wons (aproximadamente US$ 23 bilhões) para sua indústria de chips, visando fortalecer empresas como Samsung Electronics e SK Hynix.
Modernização da Aliança
A aliança EUA-Coreia do Sul está sendo modernizada para enfrentar os desafios contemporâneos. Em 2025, o presidente sul-coreano Lee Jae Myung enfatizou a necessidade de uma defesa mais autossuficiente, destacando a importância de fortalecer as capacidades militares nacionais.
Além disso, um think tank sul-coreano observou que, embora a Coreia do Sul seja relutante em usar seu poder econômico e militar para conter a China, ela representa um ônus militar substancial para os EUA. No entanto, capacidades não militares, como a fabricação de chips, ajudam a fortalecer a aliança.
Percepção Pública e Política Interna
A opinião pública sul-coreana sobre a presença militar americana permanece amplamente favorável. Uma pesquisa realizada em setembro de 2025 revelou que 80,1% dos sul-coreanos apoiam a presença militar dos EUA no país, com 71,2% favoráveis à manutenção do nível atual de 28.500 tropas.
No entanto, a política interna está se tornando mais polarizada. A morte do ativista conservador americano Charlie Kirk em setembro de 2025 gerou uma onda de apoio entre os ultraconservadores sul-coreanos, que agora invocam seu nome em protestos e comícios, aprofundando a aliança entre os movimentos cristãos de direita dos EUA e da Coreia do Sul.
Conclusão
A aliança EUA-Coreia do Sul continua a ser uma parceria estratégica vital, enfrentando desafios militares, econômicos e políticos. A modernização contínua da aliança, juntamente com uma colaboração mais profunda em setores como a indústria de semicondutores, é essencial para garantir sua relevância e eficácia diante das dinâmicas globais em constante evolução.

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