Em 2025, a administração dos EUA implementou tarifas comerciais recíprocas sobre diversos países do Sudeste Asiático, impactando fortemente as exportações do Vietnã e de outros países da ASEAN. O Vietnã é o mais afetado, com perdas estimadas em até US$ 25 bilhões anuais, principalmente nos setores de calçados, têxteis, eletrônicos e produtos agrícolas.
A Coreia do Sul reafirmou seu apoio ao diálogo renovado entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, enfatizando a importância da coordenação estratégica e da desnuclearização da Península Coreana. O país rejeita a unificação por absorção e busca atuar como mediador confiável, equilibrando interesses internos, segurança regional e relações multilaterais. O apoio sul-coreano ao diálogo reflete maturidade diplomática, visando reduzir tensões, prevenir confrontos militares e criar condições para soluções graduais e sustentáveis na península.
As relações entre UE e EUA estão se estabilizando, com destaque para o reforço do compromisso norte-americano com a NATO e a cooperação em apoio à Ucrânia. A parceria transatlântica mostra sinais de recuperação, permitindo maior coordenação em segurança, economia e política internacional, embora desafios comerciais e tecnológicos ainda existam.
Em 23 de setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a falar no evento, e, neste ano, Lula aproveitou a tribuna para abordar temas centrais da política internacional e doméstica, destacando a defesa da soberania nacional, criticando sanções estrangeiras e propondo um novo modelo de multilateralismo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou a tribuna da Assembleia Geral da ONU para atacar as políticas da União Europeia sobre imigração e mudanças climáticas. Em um discurso marcado por tom nacionalista, Trump afirmou que a Europa estaria sendo “arruinada” pelas fronteiras abertas e pelos custos da transição verde. As declarações geraram reações cautelosas de líderes europeus e reacenderam debates sobre segurança, economia e sustentabilidade, colocando à prova a coesão do bloco em um momento de desaceleração econômica e vésperas da COP30 no Brasil.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propondo o restabelecimento de um diálogo direto entre os dois países. A iniciativa busca reduzir tensões bilaterais, combater a desinformação sobre a Venezuela e abrir espaço para cooperação em áreas estratégicas. A proposta ocorre em meio a críticas internacionais, pressões econômicas e movimentações militares na região, refletindo a complexa relação histórica entre Caracas e Washington e os desafios para uma aproximação diplomática efetiva.
O reconhecimento internacional da Palestina por países como Portugal, Reino Unido, França, Bélgica, Canadá e Austrália marca um ponto significativo na diplomacia do Oriente Médio, elevando para 150 o número de nações que formalizam o Estado palestino. A medida reforça a legitimidade política da Autoridade Palestina e pressiona Israel a reconsiderar suas políticas, gerando tensões diplomáticas e riscos de escalada militar.
A feira de defesa de Taiwan, realizada em Taipé, ganhou destaque este ano com a presença reforçada de países e empresas da Europa. Pela primeira vez, a Alemanha participou oficialmente, enquanto a Airbus apresentou drones e helicópteros. A República Tcheca também marcou presença, com o senador Pavel Fischer defendendo solidariedade europeia diante da pressão chinesa.
O presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, participa da 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, marcando a primeira presença de um líder sírio na ONU em quase 60 anos. Sua visita simboliza o retorno da Síria à diplomacia internacional após décadas de isolamento, buscando apoio para reconstrução e estabilidade interna. Al-Sharaa também enfrenta desafios domésticos, incluindo tensões sectárias e demandas por maior autonomia de minorias, enquanto tenta reposicionar o país nas relações com Estados Unidos, França e vizinhos do Oriente Médio.
França e Arábia Saudita apresentaram uma proposta conjunta para reativar a solução de dois Estados no conflito israelo-palestino. O plano prevê cessar-fogo imediato, controle internacional temporário em Gaza e Cisjordânia, liberação de reféns, retirada gradual de Israel de territórios ocupados e passos concretos para a criação de um Estado Palestino com Jerusalém Oriental como capital. A iniciativa surge em meio à intensificação da guerra em Gaza, reconhecimento internacional da Palestina por novos países e pressões diplomáticas sobre Israel. Apesar de enfrentar fortes desafios políticos e regionais, o projeto recoloca a discussão sobre dois Estados no centro da agenda internacional.
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