Novos bombardeios e ataques com drones deixam mortos e dezenas de feridos na capital ucraniana, enquanto o foco militar russo se dirige para o leste do país, intensificando a guerra em seu 1.360º dia.
A guerra na Ucrânia entra em uma nova fase de intensidade. Neste sábado, 15 de novembro de 2025, a Rússia lançou ataques considerados “massivos” contra Kiev, combinando mísseis de cruzeiro, drones de longo alcance e artilharia pesada. As primeiras informações apontam para vários mortos e dezenas de feridos, gerando pânico entre civis e reforçando o clima de instabilidade na capital.
Enquanto Kyiv enfrenta ataques diretos, Moscou concentra esforços na região de Pokrovsk, no leste ucraniano, onde analistas militares apontam que a Rússia busca consolidar ganhos territoriais e pressionar as linhas de defesa ucranianas.
A dimensão dos ataques em Kiev
Segundo relatos iniciais, os ataques em Kiev não se limitaram a áreas periféricas. Mísseis atingiram infraestruturas críticas, incluindo sistemas de energia e pontos estratégicos da cidade. Drones russos, alguns de fabricação recente, foram interceptados parcialmente pelas forças ucranianas, mas alguns conseguiram atingir áreas urbanas densamente povoadas, aumentando o número de vítimas civis.
Especialistas em defesa afirmam que o padrão dos ataques indica uma tentativa de demonstrar capacidade de dissuasão e desgastar a moral da população, além de testar a eficácia do sistema de defesa aérea ucraniano em meio a ataques combinados de drones e mísseis.
Concentração em Pokrovsk: estratégia russa no leste
Além de Kiev, o leste da Ucrânia se mantém como principal palco de operações russas, especialmente na região de Pokrovsk, situada na província de Donetsk. Analistas do Institute for the Study of War destacam que Moscou tem:
- Reforçado unidades de infantaria e blindados;
- Intensificado bombardeios de artilharia pesada;
- Buscado controlar corredores logísticos estratégicos, garantindo suprimentos para suas tropas avançadas.
Essa estratégia sugere uma tentativa russa de consolidar posições antes do inverno europeu, aproveitando a vantagem territorial e pressionando os ucranianos a se defenderem em condições adversas.
Impactos humanitários e sociais
Os ataques recentes em Kiev e o avanço em Pokrovsk agravam a crise humanitária:
- Civis em Kiev enfrentam restrições de deslocamento e interrupções em serviços básicos;
- Hospitais relatam dificuldades em atender feridos devido à sobrecarga e à escassez de recursos;
- A população leste-ucraniana vive sob constante ameaça de bombardeios, com muitas famílias deslocadas ou buscando refúgio em áreas mais seguras.
Organizações internacionais de direitos humanos alertam que o uso combinado de drones e mísseis contra áreas urbanas densamente povoadas aumenta o risco de violações de direitos civis e internacionais, reforçando a necessidade de monitoramento e assistência humanitária imediata.
Avaliação militar e implicações estratégicas
O padrão dos ataques indica que a Rússia busca:
- Manter pressão psicológica sobre Kiev, testando defesas civis e militares;
- Garantir avanços territoriais no leste, principalmente em Pokrovsk, visando controlar corredores logísticos críticos;
- Demonstrar capacidade de ataque coordenado, unindo drones e mísseis de longo alcance para desafiar sistemas de defesa aérea.
Para a Ucrânia, os desafios são múltiplos: reforçar defesas urbanas, proteger civis, manter linhas de suprimento e sustentar a resistência no leste. Observadores militares consideram que os próximos meses serão decisivos, com o inverno tornando operações logísticas ainda mais difíceis para ambos os lados.
Conclusão
Os ataques russos de 15 de novembro marcam um aumento significativo da intensidade da guerra na Ucrânia, com impactos diretos sobre civis, infraestrutura e a estabilidade política e militar do país. Kyiv, capital ucraniana, enfrenta mísseis e drones que atingem áreas críticas, enquanto Pokrovsk concentra os esforços russos no leste, evidenciando a continuidade de uma estratégia de desgaste e pressão territorial.
A situação demonstra que a guerra permanece longe de um desfecho, e o cenário humanitário e militar tende a se agravar nos próximos meses, com repercussões diretas não apenas para a Ucrânia, mas para a segurança regional e global.

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