O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, vem liderando uma ampla reformulação das Forças Armadas com o objetivo de tornar o país “pronto para a guerra”. A proposta, impulsionada pelo aumento das tensões com a Rússia e pela incerteza sobre o papel dos EUA na OTAN, marca uma mudança histórica na política de defesa alemã.
Alemanha e Reino Unido firmaram um acordo de 450 milhões de euros para desenvolver uma nova geração de pontes flutuantes militares, conhecidas como Wide Wet Gap Crossing Systems, produzidas pela General Dynamics European Land Systems (GDELS). O projeto visa aprimorar a mobilidade e a capacidade de resposta rápida das forças da OTAN em terrenos aquáticos e zonas de conflito. Além de reforçar a cooperação entre os dois países, a iniciativa reflete o esforço europeu para fortalecer sua autonomia estratégica e modernizar suas forças armadas em meio às crescentes tensões geopolíticas no continente.
A visita oficial do chanceler alemão Friedrich Merz a Ancara, onde se reuniu com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan, marca um momento de reaproximação estratégica entre a Alemanha e a Turquia — dois atores centrais nas dinâmicas políticas, econômicas e de segurança do continente europeu.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Wadephul, iniciou uma visita à Jordânia, Líbano e Bahrein entre 29 de outubro e 1º de novembro de 2025. O objetivo da missão é discutir a implementação do cessar‑fogo na Faixa de Gaza, fortalecer o papel da UNIFIL no Líbano e participar da conferência de segurança do Bahrein (Manama Dialogue). A visita reforça o papel diplomático da Alemanha no Oriente Médio, destacando seu engajamento em mediação de conflitos, estabilidade regional e cooperação internacional.
As bolsas europeias registraram máximas intradiárias, impulsionadas por sinais de alívio nas tensões comerciais entre os EUA e a China. No plano macroeconômico, o Banco Central Europeu deve manter as taxas de juros inalteradas diante de incertezas sobre inflação e crescimento. Paralelamente, a indústria alemã de engenharia alertou para a necessidade de garantir acesso a insumos estratégicos, como ímãs permanentes, evidenciando vulnerabilidades e dependências críticas da economia europeia. O cenário combina otimismo de curto prazo nos mercados com desafios estruturais de longo prazo, exigindo políticas estratégicas para garantir estabilidade e crescimento sustentável.
A Alemanha anunciou o envio de aeronaves Boeing P-8A Poseidon para a Islândia como parte de uma missão da OTAN voltada ao fortalecimento da segurança no Atlântico Norte. A decisão integra a política de modernização das forças armadas alemãs e reflete o compromisso de Berlim com a defesa coletiva europeia em meio a um cenário global de tensões crescentes.
A Alemanha assinou um contrato de 2 bilhões de euros para adquirir mísseis antitanque Spike, fabricados por Israel, como parte de seu esforço de modernização das forças armadas. Os Spike são sistemas de alta precisão, capazes de neutralizar tanques e veículos blindados em diferentes cenários de combate, com alcance superior a 8 km e tecnologia avançada de guiamento.
A Alemanha anunciou a compra de 15 caças furtivos F-35A dos Estados Unidos, em um contrato de 2,5 bilhões de euros, como parte de sua modernização militar. O F-35, aeronave de quinta geração, oferece furtividade avançada, sistemas integrados de sensores e comunicação em rede, além de grande versatilidade em missões de ataque, defesa e reconhecimento.
A Europa tem intensificado o debate sobre sua dependência econômica da China e busca uma postura mais firme nas relações comerciais com Pequim. Autoridades como o presidente do Banco Central da Alemanha, Joachim Nagel, defendem medidas mais assertivas para proteger a competitividade europeia diante de práticas chinesas consideradas desleais. Essa mudança de tom ocorre em meio a tensões globais, à necessidade de autonomia estratégica e à pressão dos Estados Unidos por uma frente comum contra o avanço econômico chinês.
A Polônia exigiu que a Alemanha suspenda os processos judiciais contra ucranianos acusados de envolvimento nas explosões dos gasodutos Nord Stream, em 2022. O governo polonês argumenta que as investigações ameaçam a unidade da OTAN e servem aos interesses da Rússia, enquanto Berlim defende a independência de seu sistema judiciário. A tensão reacende divergências históricas entre os dois países e expõe fragilidades na coesão europeia diante da guerra na Ucrânia.
Copyright © 2025 | WordPress Theme by MH Themes
