Líderes da União Europeia discutem usar ativos russos congelados como garantia para empréstimos à Ucrânia, em meio à guerra e à pressão econômica sobre o país. A proposta enfrenta resistência de alguns Estados-membros, levantando debates sobre solidariedade, soberania e limites do consenso europeu.
A União Europeia enfrenta um debate interno intenso sobre a possibilidade de usar os ativos russos congelados para financiar a Ucrânia. Enquanto alguns países defendem que Moscou deve arcar com os custos da guerra e da reconstrução, outros — como a Bélgica — alertam para riscos jurídicos, impactos na confiança financeira internacional e possíveis retaliações. A discussão expõe divisões dentro do bloco e coloca em jogo a credibilidade geopolítica da UE em um momento crucial para o futuro da Ucrânia e para a autonomia estratégica europeia.
O chanceler alemão Friedrich Merz declarou que a Europa já não está em paz com a Rússia, apesar da ausência de guerra formal. Em discurso no Fórum de Segurança de Varsóvia, Merz destacou a necessidade de usar ativos russos congelados para apoiar a defesa da Ucrânia e reforçou o papel da Alemanha na segurança europeia. A Rússia, por sua vez, classifica o apoio militar europeu como uma “guerra por procuração”, elevando as tensões no continente. O cenário sugere uma era prolongada de confrontação geopolítica e a necessidade de estratégias europeias mais robustas em defesa, diplomacia e economia.
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