O Banco Central Europeu (BCE) anunciou planos de lançar uma moeda digital europeia, o “e‑euro”, até 2029, com testes programados para 2027, condicionados à aprovação das legislações necessárias até 2026. A iniciativa representa um passo estratégico da Europa para se adaptar às mudanças nos meios de pagamento e fortalecer sua posição na economia digital global.
A inflação na zona euro desacelerou ligeiramente em outubro, passando de 2,2% para 2,1%, enquanto a inflação subjacente se manteve estável em 2,4%. Apesar do alívio nos preços gerais, os custos essenciais permanecem elevados, mantendo a atenção do Banco Central Europeu. Os mercados reagiram com cautela: o índice STOXX 600 caiu cerca de 0,5%, refletindo resultados corporativos mistos e a expectativa por novos dados econômicos. O cenário indica que a economia europeia ainda enfrenta desafios estruturais, exigindo equilíbrio entre controle da inflação e estímulo ao crescimento.
As bolsas europeias registraram máximas intradiárias, impulsionadas por sinais de alívio nas tensões comerciais entre os EUA e a China. No plano macroeconômico, o Banco Central Europeu deve manter as taxas de juros inalteradas diante de incertezas sobre inflação e crescimento. Paralelamente, a indústria alemã de engenharia alertou para a necessidade de garantir acesso a insumos estratégicos, como ímãs permanentes, evidenciando vulnerabilidades e dependências críticas da economia europeia. O cenário combina otimismo de curto prazo nos mercados com desafios estruturais de longo prazo, exigindo políticas estratégicas para garantir estabilidade e crescimento sustentável.
A União Europeia avançou na criação do euro digital, buscando reduzir a dependência de sistemas privados de pagamento como Visa e Mastercard e reforçar sua autonomia estratégica. A moeda digital, emitida pelo Banco Central Europeu, funcionará como complemento ao dinheiro físico, oferecendo pagamentos mais rápidos, seguros e acessíveis. O projeto também visa aumentar a inclusão financeira, proteger a soberania monetária europeia e fortalecer a posição do bloco no cenário global, apesar de desafios ligados à privacidade, segurança e adaptação do setor bancário.
A aceleração do projeto do euro digital pela União Europeia (UE) é um movimento técnico, económico e estratégico. Além de modernizar meios de pagamento, a iniciativa busca preservar a soberania monetária europeia frente ao crescimento de stablecoins atreladas ao dólar e ao avanço de projetos estatais e privados de moedas digitais fora do espaço europeu.
Fachada da sede do Novo Banco em Lisboa com logotipo em destaque (2017).
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