O conflito entre Israel e Hamas em Gaza já deixou mais de 69 000 mortos, segundo autoridades de saúde palestinas. A situação humanitária é crítica, com hospitais sobrecarregados, escassez de alimentos, água e medicamentos, e milhares de pessoas desabrigadas.
Durante uma reunião em Viena, o Conselho da Europa fez um alerta sobre a crescente fragilidade das instituições democráticas no continente e defendeu a necessidade de renovar os alicerces da democracia europeia. O encontro enfatizou temas como educação cívica, proteção de direitos, inovação tecnológica e coesão social, apontando que apenas um compromisso renovado entre cidadãos e governos poderá garantir a estabilidade política e os valores democráticos diante dos desafios atuais.
Nos últimos dias, duas crises graves abalaram a África: no Sudão, a ofensiva da milícia paramilitar Rapid Support Forces (RSF) em El Fasher, na região de Darfur, provocou mortes de civis, violações de direitos humanos e um colapso humanitário, com milhares de pessoas em situação de risco extremo. Na Tanzânia, manifestações pós-eleitorais se tornaram violentas, com dezenas a centenas de mortos, bloqueio da internet e repressão estatal intensa, levantando sérias preocupações sobre a consolidação da democracia e a liberdade política no país.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o título de doutor “Honoris Causa” em Filosofia e Desenvolvimento Internacional do Sul Global durante visita à Malásia. Na cerimônia, criticou a continuidade da guerra em Gaza e a falta de iniciativa da comunidade internacional para criar um Estado palestino. A visita reforçou a presença diplomática e econômica do Brasil no Sudeste Asiático, destacando seu papel na cooperação Sul-Sul e sua postura em defesa da paz e dos direitos humanos.
A União Europeia deve anunciar um pacote de €75 milhões em apoio financeiro ao Egito, reforçando a cooperação em segurança, fronteiras e economia. O acordo, firmado em Bruxelas, busca fortalecer os laços estratégicos com o governo de Abdel Fattah al-Sisi, apesar das críticas de organizações internacionais sobre violações de direitos humanos. A medida reflete o dilema da UE entre valores democráticos e interesses geopolíticos, num momento em que o Egito enfrenta uma grave crise econômica e crescente instabilidade regional.
A adesão da Ucrânia à União Europeia enfrenta desafios significativos, mesmo com os avanços em reformas políticas, econômicas e institucionais. Um dos principais obstáculos é o bloqueio da Hungria, que condiciona seu apoio à proteção dos direitos da minoria húngara na região da Transcarpátia. A tensão envolve questões legais, educacionais e culturais, gerando impactos geopolíticos, econômicos e sociais. Além disso, o papel da sociedade civil ucraniana e húngara é crucial para mediar conflitos, monitorar reformas e promover diálogo intercultural. Superar esse impasse exigirá esforços diplomáticos, garantias legais e um equilíbrio entre interesses bilaterais e a coesão europeia.
Em 4 de outubro de 2025, milhares de manifestantes saíram às ruas de Tbilisi, na Geórgia, para protestar contra alegações de fraude nas eleições parlamentares de 2024. O governo do primeiro-ministro Irakli Kobakhidze acusou os protestos de tentarem derrubar o governo e criticou a suposta interferência da União Europeia. A repressão policial resultou em detenções de ativistas, incluindo o cantor Paata Burchuladze, e levantou preocupações sobre retrocessos democráticos. A crise reflete a polarização política no país e a complexa posição geopolítica da Geórgia entre Ocidente e Rússia.
Os recentes ataques israelenses em Gaza intensificaram o conflito, com tanques avançando em áreas residenciais e causando um aumento de vítimas civis. Pelo menos 40 palestinos foram mortos desde o amanhecer, incluindo deslocados e uma criança de dois meses que morreu devido à desnutrição e falta de atendimento médico. A situação humanitária se agrava com hospitais sobrecarregados, escassez de alimentos e água, e dificuldades no resgate de feridos. Enquanto isso, o Hamas se mostra disposto a avaliar uma nova proposta de cessar-fogo apresentada por mediadores internacionais, apesar de negociações anteriores terem sido interrompidas após um ataque em Doha. O conflito continua a gerar tensão regional, pressão sobre a comunidade internacional e a necessidade urgente de esforços humanitários e uma solução diplomática sustentável.
Em 21 de setembro de 2025, a Guiné-Conacri aprovou uma nova constituição em um referendo conduzido pela junta militar liderada pelo coronel Mamadi Doumbouya, que está no poder desde o golpe de 2021. A aprovação da constituição com 89,38% dos votos altera a estrutura política do país, permitindo que membros da junta concorram à presidência, criando um Senado parcialmente nomeado pelo presidente e estendendo o mandato presidencial para sete anos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou no Discurso do Estado da União de 2025 que a segurança europeia é prioridade em um contexto internacional volátil. Ela propôs a suspensão parcial do Acordo Comercial da UE com Israel, ainda em análise pelos Estados-membros, como forma de pressionar diante da escalada do conflito em Gaza. O discurso abordou também a defesa, segurança cibernética, energética e gestão humanitária, reforçando o papel estratégico da União Europeia no cenário global e seu compromisso com direitos humanos e estabilidade política.
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