A União Europeia e a Índia estão em fase decisiva das negociações para um Acordo de Livre Comércio (ALC), com previsão de fechamento até o fim de 2025. O acordo tem potencial para movimentar mais de US$ 137 bilhões em comércio bilateral e ampliar investimentos em setores estratégicos, como automóveis, produtos agrícolas, farmacêuticos, tecnologia e serviços digitais.
A Índia anunciou um pacote de apoio de ₹25.000 crores (aproximadamente US$ 3 bilhões) para auxiliar exportadores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, que impactam cerca de 55% das exportações indianas para o país norte-americano. O pacote inclui subsídios, incentivos fiscais e apoio à diversificação de mercados, com foco em setores como têxteis, joias, frutos do mar e calçados.
Hoje, os Estados Unidos anunciaram tarifas adicionais de 25% sobre produtos indianos, elevando o total para 50%, em resposta ao comércio de petróleo da Índia com a Rússia. A medida entra em vigor imediatamente e afeta principalmente o setor de vestuário, que representa cerca de 15% das exportações indianas para os EUA, movimentando US$ 9 bilhões por ano. Segundo especialistas, a receita do setor pode cair até 50%, com risco de falência e cortes de empregos em pequenas e médias empresas. O governo indiano classificou a decisão como “injustificada e unilateral” e busca negociações diplomáticas para minimizar impactos. A crise reflete também desafios geopolíticos, podendo acelerar acordos comerciais com outros blocos e países.
Em julho de 2025, a inflação na Índia recuou para 1,55%, seu menor nível em oito anos, impulsionada pela queda nos preços dos alimentos. Esse cenário abre espaço para possíveis ajustes na política monetária do Reserve Bank of India, mas desafios externos, como o aumento das tarifas dos EUA e tensões geopolíticas com a China, mantêm a cautela. O artigo analisa os impactos econômicos imediatos, as reformas estruturais em curso e as implicações estratégicas para o país.
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