A recente mudança de postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à guerra na Ucrânia — defendendo que o país retome todos os territórios perdidos — reacendeu debates geopolíticos na Europa e no mundo. A Alemanha pediu maior protagonismo europeu, enquanto o Kremlin rebateu as declarações, ironizando a comparação de Trump de que a Rússia seria um “tigre de papel”.
A Rússia lançou mais de 600 drones e mísseis contra nove regiões da Ucrânia, resultando em mortes, feridos e danos à infraestrutura civil. A defesa aérea ucraniana interceptou a maioria dos projéteis, mas alguns atingiram áreas residenciais. Em retaliação, a Ucrânia realizou ataques a refinarias russas. O episódio marca uma escalada da guerra, evidenciando a crescente utilização de enxames de drones, a eficácia das defesas ucranianas e o impacto humanitário do conflito, com repercussões estratégicas e diplomáticas no cenário internacional.
Dmitry Kozak, vice-chefe do Gabinete Executivo Presidencial da Rússia e aliado próximo de Vladimir Putin, renunciou ao cargo em 18 de setembro de 2025, após manifestar críticas à guerra na Ucrânia. Kozak teria tentado convencer o presidente a interromper a ofensiva militar e buscou apoio de interlocutores ocidentais, tornando-se o primeiro alto funcionário russo a deixar o Kremlin por discordâncias relacionadas ao conflito.
A União Europeia destinou €40 milhões em ajuda humanitária para apoiar civis ucranianos durante o inverno, em meio à guerra. Os recursos serão usados para fornecer abrigo, aquecimento, reparos de moradias, água potável e saneamento, com prioridade para os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com deficiência. A ação busca mitigar os impactos da destruição de infraestrutura causada pelo conflito e reforçar a proteção da população civil, contando com a colaboração de ONGs e parceiros internacionais. A medida também fortalece a posição estratégica da UE como ator humanitário global.
Na cúpula realizada em Paris, 26 países europeus anunciaram uma coalizão de garantias de segurança para a Ucrânia, incluindo presença militar multinacional, apoio logístico, treinamentos e fornecimento de equipamentos. A iniciativa foi interpretada como um passo para dar mais autonomia estratégica à Europa, diante das incertezas sobre o grau de apoio futuro dos Estados Unidos sob Donald Trump.
Um político ucraniano foi morto nesta sexta-feira (29 de agosto) em Lviv, no oeste da Ucrânia. O presidente Volodymyr Zelenskyy classificou o assassinato como um “ataque cuidadosamente planejado”, aumentando a preocupação sobre a segurança interna em áreas até então consideradas relativamente protegidas. O crime ocorre em meio à guerra com a Rússia e levanta dúvidas sobre possíveis motivações políticas e estratégicas.
Em meio à guerra na Ucrânia, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, afirmou esperar que Donald Trump adote uma postura mais dura em relação a Vladimir Putin. A declaração ocorre enquanto EUA e aliados europeus discutem garantias de segurança juridicamente vinculantes para Kiev. A posição finlandesa, reforçada pela adesão recente do país à OTAN e por sua longa fronteira com a Rússia, amplia a pressão sobre Washington e Bruxelas para manterem clareza estratégica e compromissos concretos em defesa da estabilidade europeia.
O chanceler russo Serguei Lavrov acusou países europeus de “bloquear” um acordo de paz para a guerra na Ucrânia e elogiou os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, em tentar mediar negociações diretas com Moscou. Segundo Lavrov, apenas Washington teria peso real para conduzir um processo desse tipo, enquanto Bruxelas estaria presa a posições inflexíveis. A Rússia insiste em garantias de segurança, neutralidade da Ucrânia e rejeição da adesão à NATO — pontos vistos como inaceitáveis por Kiev e pela União Europeia. O governo ucraniano, por sua vez, reafirma que não aceitará concessões territoriais e exige a recuperação plena de seu território. Apesar das conversas diplomáticas, os combates continuam intensos, com ataques russos em Kharkiv e drones ucranianos contra alvos em território russo. O cenário revela que, por enquanto, as negociações funcionam mais como instrumento político do que como caminho imediato para um cessar-fogo.
O presidente Donald Trump afirmou que os EUA podem oferecer apoio aéreo à Ucrânia, mas sem envio de tropas terrestres, enquanto líderes da OTAN discutem novas garantias de segurança em meio à intensificação dos ataques russos e ao incidente com um objeto explosivo na Polônia. Analistas alertam para riscos de escalada, dilemas diplomáticos e o desafio de manter a unidade europeia.
Trump e Putin se reuniram em Anchorage, mas não anunciaram acordo sobre a guerra da Ucrânia. O encontro teve grande peso simbólico, abriu espaço para negociações e será seguido de reunião com Zelensky em 18 de agosto.
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