A China está direcionando grandes investimentos para indústrias de ponta, como inteligência artificial, robótica, biotecnologia e semicondutores, buscando reduzir a dependência de estímulos tradicionais e transformar a inovação tecnológica em motor de crescimento e segurança nacional.
Um relatório da Accenture revela que organizações europeias planejam aumentar investimentos em Inteligência Artificial (IA) soberana nos próximos dois anos. O objetivo é garantir competitividade, reduzir dependência de tecnologias estrangeiras e proteger dados estratégicos. A estratégia inclui desenvolvimento de modelos próprios, infraestrutura de dados local, apoio a startups e pesquisa, além de foco em IA ética e regulamentada. A iniciativa posiciona a Europa como líder em inovação tecnológica responsável e soberania digital.
Empresas chinesas de veículos autônomos, como Baidu, Pony.ai, WeRide e Momenta, estão expandindo suas operações para a Europa, aproveitando regulamentações locais mais flexíveis, interesse de cidades em mobilidade inteligente e restrições de acesso a mercados como os EUA. Elas estabelecem sedes regionais, realizam testes de robotaxis e robobuses, e formam parcerias com operadores de transporte e fornecedores de tecnologia europeus.
UE e Japão confirmam a meta de permitir participação plena de instituições japonesas em programas de pesquisa europeus, como o Horizon Europe, até 2025. A medida visa fortalecer colaboração científica, ampliar redes de inovação e gerar impacto estratégico em ciência, tecnologia e geopolítica.
A Índia vem se consolidando como líder global em inovação, com soluções tecnológicas que transformam setores como saúde, agricultura, fintech e energia sustentável. Bill Gates destacou que essas iniciativas têm potencial de beneficiar milhões de vidas no Sul Global, oferecendo modelos escaláveis e acessíveis para países em desenvolvimento. Apesar de desafios como infraestrutura desigual e inclusão digital, o país avança no Global Innovation Index e serve como referência de criatividade aplicada ao desenvolvimento social e econômico.
O Japão intensificou sua diplomacia econômica e estratégica com a União Europeia e a Hungria, buscando fortalecer parcerias industriais, tecnológicas e energéticas. Os encontros conduzidos pelo ministro das Relações Exteriores, Takeshi Iwaya, destacaram a cooperação em setores estratégicos como semicondutores, automotivo, energia limpa e inovação científica.
A ASML, empresa holandesa líder em semicondutores, investiu €1,3 bilhão na startup francesa de inteligência artificial Mistral AI, que agora é a mais valiosa da Europa, avaliada em €10 bilhões. O aporte fortalece a autonomia tecnológica europeia, reduz a dependência de EUA e China e reforça o papel estratégico da Europa na corrida global por IA e semicondutores, com impactos significativos em segurança, indústria e influência geopolítica.
A Alemanha inaugurou o primeiro supercomputador em exaescala da Europa, localizado em Jülich, marcando um avanço estratégico para o continente. Com capacidade de processar mais de um quintilhão de operações por segundo, o equipamento fortalece a posição europeia na corrida global por inteligência artificial, cibersegurança e pesquisa científica avançada. O chanceler Friedrich Merz destacou a importância de investir em tecnologia para garantir soberania digital, inovação econômica e liderança geopolítica. O projeto também coloca a Europa em melhor posição frente aos EUA e à China, ao mesmo tempo em que levanta desafios éticos, regulatórios e de cooperação continental.
O Japão avança na mobilidade urbana ao desenvolver robotáxis baseados em blockchain, por meio da parceria entre Toyota Blockchain Lab e Avalanche (AVAX). O projeto utiliza contratos inteligentes para gerenciar pagamentos, rotas e segurança, aumentando eficiência e confiabilidade dos serviços. Além de inovação tecnológica, a iniciativa reforça a posição estratégica do Japão na corrida global por liderança em tecnologia, finanças digitais e regulamentação de mobilidade autônoma.
A Índia e o Brasil vêm fortalecendo sua cooperação estratégica em tecnologia e inovação, com foco em inteligência artificial, supercomputação e infraestrutura digital. A recente visita do primeiro-ministro indiano Narendra Modi ao Paraná resultou em acordos de instalação de supercomputadores e parcerias em pesquisa tecnológica. O Brasil anunciou investimentos bilaterais de aproximadamente US$ 4,5 bilhões até 2028 para impulsionar a inovação local.
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