Israel intensificou seus ataques aéreos no sul do Líbano, atingindo vilarejos como Aita al-Jabal, Al-Tayyiba e Tayr Debba, após emitir ordens de evacuação para moradores da região. Segundo o exército israelense, os bombardeios visam impedir o Hezbollah de reconstruir suas capacidades militares próximas à fronteira.
O ministro da Defesa de Israel, Yisrael Katz, ameaçou intensificar ataques contra o Hezbollah, acusando o Líbano de retardar o desarmamento do grupo e reiterando que Tel Aviv adotará uma política de “máxima resposta” diante de qualquer ameaça no norte do país. A tensão reflete o fortalecimento militar do Hezbollah, o colapso econômico libanês e o delicado equilíbrio regional.
O enviado especial dos EUA para a Síria, Thomas Barrack, classificou o Líbano como um “estado falido”, citando a paralisia governamental, o colapso institucional e o domínio político-militar do Hezbollah. A declaração evidencia a fragilidade do governo libanês, a dependência externa e os riscos de instabilidade regional. O aviso americano também sugere que o país pode receber investimentos do Golfo condicionados ao desarmamento do Hezbollah, destacando os desafios internos e as implicações geopolíticas no Oriente Médio.
Na madrugada de 30 de outubro de 2025, forças israelenses realizaram uma incursão no vilarejo de Blida, no sul do Líbano, matando o funcionário municipal Ibrahim Salameh. O presidente libanês Joseph Aoun ordenou que o exército libanês respondesse a novas incursões, enquanto a ONU condenou a violação da Resolução 1701.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Wadephul, iniciou uma visita à Jordânia, Líbano e Bahrein entre 29 de outubro e 1º de novembro de 2025. O objetivo da missão é discutir a implementação do cessar‑fogo na Faixa de Gaza, fortalecer o papel da UNIFIL no Líbano e participar da conferência de segurança do Bahrein (Manama Dialogue). A visita reforça o papel diplomático da Alemanha no Oriente Médio, destacando seu engajamento em mediação de conflitos, estabilidade regional e cooperação internacional.
Na noite de 16 de outubro de 2025, Israel realizou uma série de ataques aéreos contra posições do Hezbollah no sul e leste do Líbano, atingindo depósitos de armas e munições, fábricas e infraestruturas estratégicas. O ataque resultou em pelo menos uma morte e sete feridos, incluindo civis, e gerou tensões crescentes na região. Apesar do cessar-fogo vigente desde novembro de 2024, Israel alega que o Hezbollah estava reconstruindo suas capacidades militares. O governo libanês condenou a ofensiva, enquanto o Hezbollah prometeu retaliar, elevando o risco de escalada militar no Oriente Médio.
O Hezbollah surpreendeu ao sinalizar abertura para uma reaproximação com a Arábia Saudita, rival histórico no Oriente Médio. A iniciativa, apresentada pelo líder Naim Qassem, reflete mudanças na geopolítica regional e busca a construção de uma frente mais ampla contra Israel. Se concretizada, a aproximação poderia trazer efeitos econômicos para o Líbano, influenciar o mercado global de energia e redesenhar alianças tradicionais, envolvendo atores como Irã, Estados Unidos, China e Rússia.
O governo libanês apresentou um plano para reforçar a presença do Exército no sul do país, região historicamente controlada pelo Hezbollah, como tentativa de reduzir tensões e abrir espaço para negociações de cessar-fogo com Israel. O Hezbollah classificou a iniciativa como uma “oportunidade real”, mas condicionou o sucesso da proposta ao compromisso israelense com a trégua e ao respeito à soberania libanesa. Enquanto isso, Tel Aviv reage com desconfiança, temendo que a medida fortaleça o grupo xiita. A comunidade internacional acompanha de perto, alertando que o fracasso desse plano pode transformar a fronteira norte de Israel e o sul do Líbano em uma nova frente de guerra no Oriente Médio.
O Líbano enfrenta pressões internas e externas sobre o desarmamento do Hezbollah, uma organização política e militar influente no país, com apoio do Irã. Enquanto os Estados Unidos e Israel pressionam pela desmobilização do grupo, líderes libaneses, como Nabih Berri, defendem que a questão seja resolvida internamente, por meio de diálogo nacional e respeito à soberania.
Em junho de 2025, forças sírias interceptaram um caminhão carregado com foguetes Grad na província de Homs, próximos à fronteira com o Líbano. A apreensão, que envolveu sistemas BM-21 com capacidade de disparar até 40 foguetes de 122 mm, destaca a luta contra o contrabando de armas e os desafios de segurança regional. O incidente ressalta tensões entre a Síria, grupos armados locais e o Hezbollah, além de possíveis repercussões nas relações Síria-Líbano.
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