A vice-presidente de Taiwan realizou uma visita histórica à Europa, participando de um evento parlamentar em Bruxelas — um raro contato direto de alto nível entre autoridades taiwanesas e europeias. A viagem, destacada pelo The Indian Express, reforça o aprofundamento dos laços entre Taiwan e a União Europeia, especialmente em temas de democracia, tecnologia e segurança.
A China comissionou oficialmente o Fujian, seu porta-aviões mais avançado, em uma cerimônia realizada na ilha de Hainan. O navio, totalmente projetado e construído no país, é o primeiro da marinha chinesa equipado com catapultas eletromagnéticas, tecnologia comparável à dos porta-aviões mais modernos dos Estados Unidos.
China e Taiwan voltam a protagonizar tensões diplomáticas após Taipé expressar preocupações sobre a segurança de seus representantes durante a cúpula do APEC 2026, que será sediada pela China, em Shenzhen. O governo chinês rejeitou as acusações, reafirmando o princípio de “Uma Só China”. O episódio expõe a disputa por legitimidade internacional e o crescente embate de influência na região Ásia-Pacífico, envolvendo também os Estados Unidos e outras potências.
Taiwan anunciou a aceleração do sistema de defesa aérea T-Dome, em resposta às crescentes manobras militares da China no Estreito de Taiwan. O presidente Lai Ching-te destacou que a medida visa reforçar a segurança nacional e proteger a população diante de mais de 120 incursões aéreas chinesas nos últimos seis meses.
O Japão, sob a provável liderança de Sanae Takaichi, deve fortalecer seus laços com Taiwan, especialmente no contexto da adesão de Taipei ao CPTPP, um dos maiores blocos comerciais do mundo. Taiwan, com forte presença em tecnologia e semicondutores, busca ampliar sua integração econômica e estratégica na região. A postura firme de Takaichi em relação à segurança regional e seu apoio a Taiwan podem facilitar negociações, mas desafios persistem, incluindo a pressão da China e a necessidade de consenso entre os membros do CPTPP. A cooperação Tóquio–Taipei promete benefícios econômicos significativos para o Japão, como aumento das exportações e fortalecimento das cadeias de suprimentos, além de consolidar o país como protagonista da estabilidade e democracia no Indo-Pacífico.
A China tem intensificado o fortalecimento de suas forças de mísseis na Ásia, ampliando a capacidade estratégica e balística com sistemas como DF-21 e DF-26, capazes de atingir até 4.000 km. O país investe também em mísseis hipersônicos e tecnologias anti-navio, consolidando sua capacidade de dissuasão contra Taiwan e bases americanas na região. Essa movimentação aumenta as tensões geopolíticas, levando aliados dos EUA — como Japão, Coreia do Sul e Austrália — a reforçar suas defesas enquanto buscam manter canais diplomáticos com Pequim. A militarização chinesa também levanta o risco de uma corrida armamentista regional, tornando essencial o equilíbrio entre contenção e diplomacia estratégica para preservar a estabilidade no Pacífico Oriental.
O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, em visita oficial à Polônia, defendeu que este é o momento para um apoio mútuo entre Europa e Taiwan, destacando que ambos enfrentam pressões crescentes de potências autoritárias em suas respectivas regiões. “É hora de democracias permanecerem unidas. O que acontece em Kiev ecoa em Taipei, e o que acontece em Taipei ecoa em Varsóvia e Bruxelas”, declarou o chanceler. O discurso, marcado por apelos à solidariedade democrática, reflete a crescente interconexão entre os desafios de segurança no leste europeu e no Indo-Pacífico.
Durante coletiva à imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China reiterou a política de “uma só China” e criticou alegações de que Pequim estaria isolando Taiwan diplomáticamente. A declaração destaca a posição chinesa frente à resolução 2758 da ONU e evidencia a tensão persistente no Estreito de Taiwan.
Taiwan renovou seu apelo por inclusão na ONU e na OACI, destacando a necessidade de participar de organismos internacionais estratégicos, especialmente para coordenar normas de aviação e segurança aérea. Apesar da pressão da China, que considera a ilha parte de seu território, Taiwan conta com apoio de aliados estratégicos como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. A ilha mantém mais de 50 aeroportos, com tráfego aéreo intenso, e busca consolidar sua relevância internacional por meio de diplomacia técnica e soft power. O caso reflete a complexa dinâmica geopolítica no Indo-Pacífico, envolvendo soberania, segurança e interesses econômicos.
A feira de defesa de Taiwan, realizada em Taipé, ganhou destaque este ano com a presença reforçada de países e empresas da Europa. Pela primeira vez, a Alemanha participou oficialmente, enquanto a Airbus apresentou drones e helicópteros. A República Tcheca também marcou presença, com o senador Pavel Fischer defendendo solidariedade europeia diante da pressão chinesa.
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