Rolhas de cortiça empilhadas em primeiro plano, com as bandeiras da União Europeia e dos Estados Unidos desfocadas ao fundo.

Cortiça Portuguesa Ganha Isenção nos EUA: O Que Está em Jogo na Geopolítica do Comércio Verde

25/08/2025 Santos 0

A cortiça portuguesa, responsável por mais de 60% das exportações mundiais do setor, foi incluída na lista de produtos isentos de tarifas no novo acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, que entra em vigor em 1º de setembro de 2025.

Essa decisão beneficia diretamente Portugal, maior produtor global, e fortalece o posicionamento da UE no comércio sustentável. O setor faturou €1,23 bilhões em 2023, sendo 75% provenientes de rolhas, um produto essencial para o mercado vinícola norte-americano.

Segundo a APCOR, a medida reconhece “o valor único da cortiça portuguesa”. Já a Comissão Europeia destacou que o acordo mostra a capacidade da UE de negociar vantagens estratégicas em setores sustentáveis.

No entanto, o pacote também trouxe contrapartidas: os vinhos europeus terão tarifa de 15%, e a redução para automóveis dependerá de decisões legislativas futuras.

No campo geopolítico, a isenção da cortiça envia uma mensagem clara: sustentabilidade e comércio internacional estão cada vez mais interligados, aproximando ainda mais EUA e UE em um cenário de tensões comerciais globais.

Donald Trump e Ursula von der Leyen se reúnem em Turnberry, Escócia, julho de 2025.

Acordo Comercial entre União Europeia e Estados Unidos: Teto de 15 % nas Tarifas Marca Reconfiguração Transatlântica

22/08/2025 Santos 0

A União Europeia e os Estados Unidos anunciaram um acordo preliminar que estabelece tarifas máximas de 15 % para a maioria dos produtos europeus exportados aos EUA, incluindo carros, semicondutores e medicamentos. Embora represente um avanço no diálogo transatlântico, o pacto não é juridicamente vinculativo e deixa de fora setores sensíveis como vinho, bebidas alcoólicas e aço. O acordo também prevê grandes compromissos de compra de energia e chips de IA pela UE, além de investimentos bilaterais em setores estratégicos. Considerado uma resposta conjunta à pressão da China e às tensões no fornecimento de semicondutores, o entendimento ainda depende de aprovação legislativa e pode enfrentar resistências políticas.